quinta-feira, 7 de abril de 2011




É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais...
Os Bons Morrem Jovens

Legião Urbana

Composição : Renato Russo

Renato Russo parece ter sabido, como ninguém, o que era expressar a frustração das vidas que nos são tiradas de forma inesperada e prematura. A violência urbana faz parte de nosso cotidiano, e nosso comportamento é freqüentemente alterado para evitar situações de risco, como evitar horários, lugares, perfis de pessoas, etc.

Assaltos, seqüestros, violência gratuita, nos pegam de surpresa e levam pessoas sempre cedo demais. Mas e quando você não, esta num bairro perigoso, à noite, com companhias suspeitas? E quando você tem apenas 10 anos de idade, está estudando, pela manhã, dentro da sala de aula, e a violência, ainda assim, consegue te alcançar, o que fazer?

Chacina de Realengo nos  mostra que de nada adianta combater a violência depois dela já ter sido criada no indivíduo. O combate nos dá uma falsa idéia de que algo está sendo feito. A solução é a prevenção.




Sabem esses discursos autoritaristas, homofóbicos, racistas e religiosos extremistas, dos Bolsonarios do Mundo, que alardam na mídia mas a maioria interpreta sem maiores riscos? É desse tipo dessas fontes que Wellington Meneses de Oliveira, o atirador, provavelmente bebeu. Um indivíduo com distúrbios neuropsicológicos que não teve a chance de se curar e que a própria sociedade alimentou com ódio, intolerância e medo.

O que fazer quando um ambiente acima de qualquer risco se torna um alvo? O que fazer quando nossas crianças, ou estão se tornando assassinas ou estão sendo mortas pelas crianças de outrora.




Não devemos temer, pois o medo nos controla e nos deixa vulneráveis. Vamos lutar e mudar a realidade de nossa educação, de nosso ambiente. Sabe aquela criança, distante de você há quilômetros, pode vir a se tornar o assassino do seu filho, a radiação do outro lado do mundo pode contaminar a sua comida, enfim, pois é preciso entender que a globalização significa que os limites da sua casa, do seu muro e do seu dinheiro, não te protegem mais.



Precisamos agir e cuidar cada vez mais de todos nós. Sejamos intolerantes com as intolerâncias e saibamos contribuir para o desenvolvimento de crianças que se tornem adultos saudáveis e honestas. O pecado é a intolerância com o semelhante, e é esse o mais cometido por todos nós.



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